"Chamámos a atenção do País para este escândalo"
Depois de ter abandonado as instalações do Jornal da Madeira, onde se tinha barricado em forma de protesto, Baltazar Aguiar, um dos sete elementos do PND que participou na acção, afirmou aos jornalistas que o objectivo tinha sido conseguido: "Chamar a atenção do País para o escândalo que é o subsídio anual, no valor de 5 milhões de euros, que o Governo Regional dá ao jornal".
O dirigente do PND prometeu ainda continuar a fazer política deste modo.
20.15 - Os militantes do PND, barricados no Jornal da Madeira, começaram a abandonar as instalações e preparam-se para prestar declarações aos jornalistas, apurou o DN.
19.35 - Os militantes do PND, barricados no Jornal da Madeira, poderão passar lá a noite. Isto porque a diocese - proprietária do Jornal da Madeira - não apresentou queixa e a polícia só poderá agir mediante apresentação da mesma. As autoridades, contudo, irão permanecer no local para que não se registem incidentes, apurou o DN.
17.40 - As autiridades policiais do Funchal aguardam apenas que a diocese - proprietária do Jornal da Madeira - formalize queixa contra os militantes do PND que se encontram nas instalações do matutino para agir e expulsá-los do local, apurou o DN.
Entretanto, além da delegação do PS-Madeira, chefiada pelo líder do partido, Maximiano Martins, estar no local, também uma comitiva do Bloco de Esquerda, contando com a presença do militante Daniel Oliveira (de visita à Madeira para acções de campanha) passou pela porta do jornal.
Maximiano Martins chegou com uma pequena comitiva pouco antes das 16.00, tendo pedido para falar com os candidatos do PND que se encontram no interior do edifício, oferecendo-se para agir como mediador com vista a "desbloquear" o impasse.
No entanto a polícia presente no local - pelo menos oito agentes, viu o DN - impediu a entrada dos socialistas.
Antes, a polícia tinha já ameaçado intervir para retirar "à força" os elementos do Partido Nova Democracia, que estão desde as 10.30 desta manhã na sede do Jornal da Madeira, no Funchal, recusando-se a sair.
Para já, mantém-se o impasse. António Fontes, Gil Canha e Eduardo Welsh entraram no edifício do Jornal da Madeira exigindo falar com o vice-presidente do Governo Regional ou o bispo do Funchal por considerarem que o matutino não respeita os partidos da oposição ao Governo de Alberto João Jardim.
Segundo disse aos jornalistas António Carneiro, chefe da PSP, os manifestantes ocupam uma sala e um corredor, não estando a prejudicar o regular funcionamento do jornal.
A mesma fonte estimou ainda que "dentro de duas ou três horas" a situação deverá "ficar resolvida".